Cupido no campo minado da era digital en la cita enamorando

Escritores, ensaistas e psicologos que escreveram referente a o amor no seculo XXI mapeiam o contexto em que as relacoes atuais se desenvolvem, um territorio com uma nova retorica que amplia as opcoes ao mesmo tempo que pode afetar a autoestima

A era digital engendrou um cupido caprichoso, mercantil, inseguro, ansioso, infiel, intermitente e evasivo que reinventa uma linguagem liberal, mas em segredo deseja o romantismo. E o retrato falado do deus do apego nunca ambito minado de uma era dual, analogica e digital, surgido de uma duzia sobre livros recentes. De Manana Tendremos Otros Nombres, sobre Patricio Pron (Premio Alfaguara sobre Romance), cujo O Espirito dos Meus Pais Continua A subir na Chuva foi lancado no Brasil, ate La Lira de estas Masas – la red y no ha transpirado la Crisis de la urbe Letrada, sobre Martin Rodriguez-Gaona, Premio Malaga de Ensaio 2018, pasando pela pesquisa El Algoritmo de el apego – Un Viaje a las Entranas sobre Tinder, de Judith Duportail. Obras nas quais ressoam as palavras de Gabriel Garcia Marquez em Memoria de Minhas Putas Tristes “O sexo e o consolo que a multitud tem quando o apego nao nos alcanca”.

Esse amor cuja busca e sempre a mesma, embora as vias tenham mudado de maneira vertiginosa. Varios narradores e ensaistas concordam com a definicao dada por Patricio Pron “As novas tecnologias trouxeram Con El Fin De as relacoes amorosas uma ampliacao do conceito sobre relacao que incorpora um vastissimo repertorio sobre possibilidades, desde a relacao amorosa a distancia prolongada ate o encontro sexual entre duas ou mais pessoas por um periodo sobre tempo previamente acordado”.

O modulo proposto, tanto pela pornografia quanto pelos inumeros aplicativos sobre encontros, diz Rodriguez-Gaona, e o sobre relacoes esporadicas, descartaveis, despersonalizadas, sem intimidade e dispostas ao dispendio. Con el fin de o ensaista peruano, o ambiente digital “tem implicacoes cruciais na reconfiguracao da identidade individual (autorrepresentacao igual que um simulacro) e na socializacao (a necessidade de popularidade). Isso significou a hegemonia da extimidade (a erosao do privado) e do efemero”.

Isso da acesso a um catalogo sobre desejos conhecidos e secretos no qual, acrescenta Pron, “para muitas pessoas e mais sencillo encontrar alguem cujo desejo coincida com o delas, ao mesmo tempo em que ratifica a ideia sobre genero igual que um continuo em que papeis como os tradicionalmente considerados viril e feminino e a oposicao dentro de homossexualidade e heterossexualidade podem acontecer adotados e em seguida abandonados sem que aspectos essenciais da identidade das pessoas sejam colocados em questao”.

Nao e ninguna cosa mais do que “uma recalibragem das coisas”, sentencia Saskia Vogel, autora sobre Soy una Pornografa. Opcoes nao muito diversos das tradicionais, insiste Vogel. Ela acredita que “nao se pode dar igual que certo que uma punto de vista de apego ou de sexo se aproximara sobre alguem sobre acordo com um ideal com o qual esteja familiarizado ou com o que se entenda”. Reivindica que “o trascendente e a comunicacao clara e honesta”.

E o porte que interessa Margarita Garcia Robayo, “a transformacao da retorica amorosa”. A escritora colombiana, autora sobre Primera sujeto, nao tem Cristalino se a linguagem e obrigada a passar cabello ambiente digital “sob suas condicoes especificas, mas o simples fato de que o meio obrigue a retorica a se esforcar e muito interessante”. E deve ser, acrescenta, sem desperdiciar o essencial, sem banalizar ou frivolizar a mensagem, “e um desafio nesta nova ordem”.

Isto atesta a jornalista francesa Judith Duportail, que quis probar no mundo digital o verso sobre Lope sobre Vega “isto e amor, quem o provou sabe”. E o gustillo de ela foi agridoce. Depois sobre estropear com o namorado, Duportail buscou a esperanca no Tinder, o aplicativo de encontros actual em quase todo el mundo os paises do ambiente. Logo ela quis conocer igual que funcionava por dentro esse mercado do amor e do sexo, do corpo e dos sentimentos. Ficou sabendo, por exemplo, que as mulheres costumam utilizar o aplicativo de melhorar a autoestima e os homens “para um caso sobre uma noite”. Logo entrou em uma ilusao sobre egos, consolos, verdades e mentiras a espera de “recolher migalhas de afeto”. E logo percebeu que o Tinder tem um calculo confidencia en a desejabilidade sobre cada usuario e sua classificacao, e em funcao disso instala as fotos, maneras pares e sugere encontros. Duportail descobriu que o Tinder e mais conservador do que parece.

O cupido afilhado do ambiente digital proporciona encontros em linha “horriveis”, segundo Ronja von Ronne “O pior do pior, um inferno muito especial cheio sobre fotos de penis e selfies de homens que parecem que so querem consumir o queijo da sua geladeira”. A escritora e blogueira alema, autora de debido a Vamos, da igual que exemplo os portais de pornografia, que “destroem a confianca em si mesmas sobre milhoes sobre ji?venes, e seu consumo excessivo faz com que o sexo real pareca um pouco estranho single muslim e incomodo”.

Isso e ratificado cabello psicologo e periodista britanico Frank Tallis, autor de O Romantico Incuravel – E Outros Casos de Desejo e Loucura “O acesso a pornografia fez com que muitos jovens temam o sexo por motivo de que sentem que devem se comportar igual que estrelas porno”.

Semejante excesso sobre oferta, reflete Pron, leva muitas pessoas “a paralisia amorosa a oferta e enorme demais de escolher somente uma coisa. E laborioso imaginar como a provisoriedade em que vivemos poderia acontecer compensada por uma precariedade tambem afetiva”.